domingo, 22 de fevereiro de 2015
capim-milharal
sem ronda aquela noite terminou sem lanternas nos óculos sujos de fevereiro. éramos cinco que dentro daquele brinquedo comportávamos como aranhas sem mães. depois do milho comido às pressas pelo tales que sentado em um banco improvisado, o elefantinho manco do carrossel, o parque escurecia com a chuva forte. faltavam galochas. a greta chamava o moço do milho e a trilha pantanosa de volta manchava o vestido da margot que naquele dia parecia um vitral de catedral do interior da frança. não teve farmácia, nem hospital, o carro setenta e sete ainda não funcionava quando chovia e tudo restava com gosto de milho e morte nos olhos deles.
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