segunda-feira, 7 de outubro de 2013

monte esquilino


faltava um avô, o seu, de botões nos olhos inchados por uma doença acolhida n'um inseto quase-mamífero, de hábitos noturnos. agora ele chora, senta. escuto um escorregão, um distúrbio na densidade óssea murmura a outra de saia cinza que apertada esgana qualquer vértebra parente das minhas em desvio, em deformação. recoloca os sapatos, desfaz a mala cheia de uma poeira branca, não demora para os seios pequenos, endurecidos com a indulgência do inverno mineiro que tarda, mas não falha, voltarem ao tales, menos magro. nunca vi nada assim: as bolas ressequidas, machucadas, enfim, diferentes. deitei com o tales com os sapatos escuros, não eram botas, eram os sapatos da galeria homônima a uma das sete colinas de roma, adquiridos entre um retoque da vitrine e o brutal sentimento do roubo que fortalecia os joelhos, as pernas, os dentes. também tinha vindo pelo grau baixo entocado nas janelas forradas por um papel de parede esfarinhado, o dedo adoentava mais o processo de descolagem daquilo que filtrava nossas tardes e noites em manhãs de farmácia.

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