quarta-feira, 4 de setembro de 2013

daria no mesmo se fossem aranhas


porque não consegui salvar os dentes daquele gigante de flandres. não sei se dá para afundar os pés na lagoa-formigueiro que outro dia a greta disse ter visto o coelho quase se afogar. eu implorava à irmã do porta-retrato que chegasse logo com as galochas escarificadas já que odiávamos os emblemas da marca colados no plástico cor de beterraba. então começamos a ouvir desde o último disparo engasgado de uma pistola com nome de igreja daqueles vilarejos povoados por garimpeiros mancos, embrutecidos de feridas, envergados das promessas aos filhos esquecidos em outros cantos, um gemido meio coral de farpas de uma mobília cercada por acidentes. por força do medo, era difícil localizar o mês. das fatias de poeira empurradas pelos pássaros engastalhados: a ruína dos seus vestidos. minha viuvez de um mamífero da família dos leporídeos tampouco serviu para os desenhos das férias. daria no mesmo se fossem aranhas.

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