domingo, 7 de julho de 2013

sem dias para injeções.


veste cortinas. tecidos que depois dos moldes escondem as fissuras de carne puída entre a lonjura da praça e a luz mole do casarão ainda pintado daquele rosa abatido tão insistido pelo tales antes de mudar, levar os tapetes da avó, trancar a dupla de bicicletas em um armário com cheiro de guarda-roupa e me dizer que a doença do pânico sumiria quando eu batesse os pés na piscina. voltou setenta centímetros do vestido andante alémbolsos de mãos pasmadas pelo atrito que depois encolhe tudo, até os passos ao portão. a greta chegou antes um pouco da farmácia virada à direita apertar o número delas e desaguar uns potes de xaropes, uns tubos de pomadas com corantes de pântanos e outras caixas que desfiveladas ocuparam toda a mesa abaulada. como a margot esquecera de alertar sobre a entrega, a outra resolve pescar com o braço pintado de feridas dois tubos e uma cartela meio carta de jogo da memória. vendo a noite no bairro de gárgulas em sorrisos de meia curva, três insetos também pousaram no machucado forçado enquanto a voz amarrotada da margot pedia outros remédios. sonhou que tinha voltado ao hospital perambulado de trotes de mortes, desmemoriada, sem a glória de uma costurada, para beber no copo trincado de sei lá quem uma noite preparou chá de gesso em promessas de fincar esculturas baratinhas no jardim da casa dela.  

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